sábado, 26 de agosto de 2017

Mariposas na UFSB



Nossa primeira aula foi pra a apresentação do professor, como seria o modelo de ensino, quais seriam as aulas, em que tínhamos mais dificuldades na área da matemática. Foi bacana já gostei de cara do professor.
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Na segunda aula o negocio foi diferente já partimos para por a mão na massa. Fazemos algo chamado pelo povo Bora de “mariposa” ou “borboleta”, que na linguagem dos cesteiros Bora é compostas por quadrados dentados concêntricos. Que foi identificado por Paulus Gerdes, que observando o traçado do povo bora e identificou ali algo que poderia ser usado na matemática. Porém não vamos nos aprofundar nesse tema por enquanto, mas se você ficou curioso à dica que lhe dou é ler o livro “Geometria e cestaria dos Bora na Amazônia peruana- Paulus Gerdes”
Mas continuando fomos orientados a construir uma mariposa na sala de aula, pra vocês não ficarem boiando vou dizer em passos simples e mostrar imagens de uma “mariposa”.
Primeiro passo é saber como chegamos a essa denominação como os povos bora ela pode ser construída com fitas de uma planta chamada níjtyubane , ou pode ser feita por cartolina ou um papel cartão, dentre outro materiais. Então classificamos como (a,b,c) para podemos fazer os cálculos, podemos dizer que a ‘mariposa’ é caracterizada por três números,
A: é o centro da mariposa
B: a quantidade de anéis concêntricos
C: o numero de quadrados a partir do centro
Depois devemos calcular para achar a quantidade de fitas e seu comprimento.
(a,b,c)
Imagens de cestaria do povo Bora. Veja que as mariposas aprecem em sua superfície.





Tirando algumas dificuldades minimas até que é bem interessante fazer algo que está na tradição de um povo. abaixo destaquei algumas mariposa que fiz em dupla com Manu(minha colega).
Essa foi nossa primeira mariposa que não ficou tão boa, mas tá valendo.

E a seguir a nossa segunda mariposa, que ficou linda mas teve um pequeno errinho.




 Enfim foi bastante divertido e instrutivo esse trabalho com as 'mariposas', é algo que vou lembrar sempre, porque pra mim foi um jeito novo e diferente de aprender matemática, destacando é claro que não deixa de ser eficiente.

Obrigado, até mais.






domingo, 20 de agosto de 2017

Sensações


O dia 03/08 foi um dia que classifico como o dia das sensações. Um dia que começou com uma surpresa, quando a professora pediu que fossemos rodar pela universidade em busca de algo belo. Porém essa foi uma tarefa difícil, pois se você olhar com atenção tudo ao seu redor é belo, mesmo você estando em um lugar “feio” eu sei que pode parecer meio idiota da minha parte pensar assim, mas todo lugar tem a sua gama de beleza seja ele um sentimento, um pássaro ou até mesmo ruínas antigas, tudo tem a sua cota de beleza e onde eu estava não foi diferente.
Então voltei pra a sala com as minhas “belezas” escolhidas (que foram varias fotos lindas da natureza) eu tive uma grata surpresa os cheiros que senti ali não tem como descrever. A professora preparou alguns alimentos, perfumes e óleos e dividiu-os entre nós os alunos e nos pediu que descrevêssemos os cheiros, texturas e gostos sem dizer o nome do produto, e descrever somente a sensação que sentimos quando estávamos experimentando tal. O meu foi um perfume que eu descrevi como “Sinto doçura e frescor, lembro-me de passeios ao ar livre tem um gosto amargo que contrasta com seu cheiro doce formando assim uma mistura que lembra mel e fel” (talvez um dia eu fale deste perfume pra vocês). E ainda no meio de tudo isso eu recebi uma mensagem da minha prima que eu não vejo há muito tempo me dizendo que o meu avô por parte de mãe estava mal no hospital por conta de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e que seria transferido ainda aquele dia para a minha cidade, ela me pediu então pra avisar a minha mãe que estava no trabalho naquele momento, mas agora está tudo bem no momento eu não chorei, mas fiquei sem chão sem saber o que fazer. Mas esse dia por incrível que pareça essa dinâmica feita pela professora me ajudou a não perder a linha e ficar calma porque tudo daria certo. E foi o que aconteceu graças a Deus meu avô já esta em casa e bem.
Então continuando para finalizar a professora pediu que lêssemos com ela um texto chamado “O sentido dos sentidos: a educação do sensível” de João Francisco Duarte Junior. Que fala sobre o que é sensível e que ele está ligado à ciência veja neste paragrafo que selecionei.

“Assim, o que parece afluir deste breve elenco de significações é o fato de, em torno da palavra sentido, constelar-se um bom número de referências à capacidade humana de apreender a realidade de modo consciente, sensível, organizado e direcionado (ou intencionado, como diriam os fenomenólogos). Em que pese a duplicidade de termos, convém mesmo notar que em nossa vida existe primordialmente um sentido no sentido. Ou seja: tudo aquilo que é imediatamente acessível a nós através dos órgãos dos sentidos, tudo aquilo captado de maneira sensível pelo corpo, já carrega em si uma organização, um significado, um sentido. Fato que o filósofo Merleau-Ponty se esforçou por demonstrar na maior parte de sua obra, voltada para o deslindar desses fios sensíveis que envolvem a nós e ao mundo num único tecido, por ele apropriadamente batizado de “carne” (e não nos esqueçamos que, significativamente, nosso corpo, é composto por tecidos celulares).” (p. 13, 14)

Enfim este paragrafo prova um pouco do que eu disse anteriormente que a ciência esta interligada com o sentir, e esse texto tem tudo a ver com o dia que é o assunto principal deste texto que escrevo. Pois tem uma citação dele que diz:

“De pronto e ao longo da vida aprenderemos sempre com o “mundo vivido”, através de nossa sensibilidade e nossa percepção, que permitem nos alimentemos dessas espantosas qualidades do real que nos cerca: sons, cores, sabores, texturas e odores, numa miríade de impressões que o corpo ordena, na construção do sentido primeiro.” (p. 14 grifo meu)

Vejamos essa parte que selecionei na citação, ela descreve as sensações que eu senti naquele dia e também descreve o que é o sentido.
Enfim foi um dia produtivo e diferente que não pode ter tido muitos impactos em mim agora, mas talvez isso sirva pra mim em algum momento no futuro.

“O reprimido, portanto, não é o que habitualmente supomos: violência, misoginia, sexualidade, infância, emoções e sentimentos ou até mesmo o espírito, que recebe seu tratamento nas práticas de meditação. Não, o reprimido hoje é a beleza.” (p. 27).

Abaixo algumas  fotos tiradas por mim e por meus colegas.















quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Grande mãe rocha

Dia 27/07/2017


Neste dia aprendi um pouco sobre como a terra pode mudar de cor dependendo dos dias que ficaram sem ser molhada, aprendi também sobre diferentes tipos de pedra e sobre como o ser humano ver o mundo em cores. Abaixo vou destacar os melhores momentos desse dia



Vimos como ficaram as terras anteriormente tínhamos classificado a terra por cor da mais clara para a mais escura (a foto no meu post Caminhos da terra mostra isso) nesta aula a ordem das cores foram completamente diferente, classificamos também pela pedregosidade e escolhemos um nome para cada terra. Confesso que os nomes são estranhos, mas ao mesmo assim conseguimos nomes estranhamente perfeitos. 




Essa foi a classificação por nome não lembro-me de nenhum nome, porque foram nomes complicados. Mas foi divertido escolhe-los.




Aqui esta a classificação pela pedregosidade, sendo o primeiro lugar com essa que é tipo barro e por ultimo ficou a areia da praia.

Então temos senhoras e senhores à classificação por cor, não dá mais escura pra mais clara como no ultimo post, mas por cartela de cor. As mais acinzentadas ou mais amareladas as mais negras, etc.




Enfim falamos de terras, suas cores e formas, mas esquecemos de falar realmente o assunto que importou nessa aula que foram as pedras, porque a verdadeira questão  foi como se formam as terras (solos). Esses são formados através do processo de decomposição das rochas originarias das chamadas rochas mãe, esse processo é chamado de pedogênese, por isso as pedras forma de grande importância nesta aula.

A conclusão que tirei desta aula é que existe um processo por trás de tudo em nossas vidas, em que comemos, ou bebemos, em que vemos, ouvimos etc. E esta aula abriu meus olhos e me fez prestar mais atenção nas coisas ao redor, coisas que deixamos passar por conta da correria dos dias monótonos. Está é a dica que deixo pra todos, passem a observar mais ao seu redor as pequenas coisas, garanto que isso ira mudar seu olhar para o mundo.

*créditos das imagens meus colegas de sala.
  
Um abraço